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28 de fevereiro de 2016 11:00h
Ex-deputado é condenado a reflorestar área em Guarujá
Juíza determina que Evandro Mesquita apresente um plano de recuperação da região degradada
por Carlos Ratton
Mansão ocupa área tombada pelo Iphan e Condephaat (Foto: Divulgação)
A juíza Gladis Naira Cuvero, da
2ª Vara de Guarujá, condenou o ex-deputado federal Evandro Mesquita,
‘dono’ da maior área particular da Prainha Branca, a remover todos os
pinheiros por ele plantados no local, apresentar, em 90 dias, a contar
da notificação da sentença, um plano de recuperação da área degradada e
replantar a vegetação nativa, sob multa diária de R$ 500,00 por
descumprimento da sentença. A ação foi movida pelo Ministério Público
(MP).
A propriedade fica na região conhecida como Rabo do Dragão, na Mata
Atlântica, e foi tombada em 1992 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
Para os nativos, Evandro Mesquita é considerado o ‘rei da Prainha’.
Isso porque nem a Prefeitura de Guarujá, nem qualquer outra autoridade
consegue forçá-lo a criar uma alternativa que possibilidade o ingresso à
praia por suas terras. Os caiçaras da Prainha Branca, mesmo em
situações de emergência, só conseguem chegar em casa a pé, por uma
trilha ao lado da travessia Guarujá-Bertioga ou de barco.